Veículos de passeio movidos a diesel, com capacidade de carga igual ou inferior a mil quilos, poderão ser comercializados em todo o país. A permissão está contida em projeto aprovado nesta quarta-feira (5) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). De acordo com o texto, caberá à Agência Nacional de Petróleo (ANP) regulamentar a utilização do diesel nesses carros. Esse projeto segue agora para exame na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O projeto (PLS 656/07), de autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES), acrescenta parágrafo único ao artigo 8º da Lei nº 9.478 de 1997, cujo caput define a Agência Nacional de Petróleo (ANP) como entidade instituída para promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis.
Durante a votação, Camata disse que seu projeto é altamente democrático, pois possibilitará o acesso dos brasileiros a carros menores e mais baratos, movidos a diesel. Segundo o senador, o país fabrica e exporta carros com essas características para países como Uruguai, Argentina e Chile, mas proíbe a comercialização desses mesmos veículos no Brasil. Além disso, ele argumenta que um brasileiro de boa condição econômica pode comprar um carro importado movido a diesel e fazer economia, enquanto um cidadão com menos recursos está impedido de fazê-lo.
Camata ressalta ainda, na justificativa de sua proposta, que, apesar de a gasolina e o diesel apresentarem custos de produção similares, o óleo diesel é mais vantajoso sob alguns aspectos. Os motores de ciclo diesel, explica o senador, apresentam maior rendimento termodinâmico e, consequentemente, menor consumo específico de combustível, o que reduz a emissão de dióxido de carbono, principal responsável pelo agravamento do efeito estufa. Ele acredita também que a autorização estimulará a produção de biodiesel no país.
O relatório favorável à proposta, elaborado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foi lido pelo relator ad hoc, senador Renato Casagrande (PSB-ES).
Denise Costa, Agência Senado. Quarta, 05 agosto 2009.
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Bloomingtrade 
Incrivel o Brasil sendo um dos maiores defensores das biodiversidades, energias não poluentes apoiar uma ideia maluca dessa, coisa que nosso DIESEL É MUITAS VEZES mais poluente que os refinados la fora e com mais de 1.000.000 de caminhoes e onibus?
Sinceramente.
Vamos pagar grandes onus pelas emissoes de CO2 e das PPB de Chumbo
Com que moral chegaremos a Kioto, Davos, etc.?
O óleo diesel não é mais poluente que a gasolina, e o processo de combustão do diesel é até mais limpo. Mas pelo aspecto ecológico, ainda há a vantagem da maior adaptabilidade de motores do ciclo Diesel a combustíveis alternativos como óleos vegetais puros, biodiesel ou até mesmo o etanol.
Os motores diesel modernos custam um pouco mais caro que os de ciclo Otto (a gasolina, a álcool ou flex), mas são bem mais eficientes, duram mais, consomem menos e até emitiriam menos poluentes, se não fosse a baixíssima qualidade do nosso diesel. A culpa, portanto, não é do motor a diesel, é do combustível…
Exatamente, concordo com nosso amigo Mario e não concordo com o outro amigo lá de cima. Mesmo que o diesel seja ainda com maior ppmS, imagine com 50 ppmS, os testes feitos ainda são muito menos poluentes que a gasolina, e ainda por cima com um motor de 1,6 litros (1.600 cc) pode-se fazer mais de 20 km por llitro com estes motores modernos com injeção eletrônica, são altamente econômicos e sem fumaça, sem cheiro, que são feitos no Brasil e exportados para o mundo inteiro, uma pena que só o Brasil tem essa proibição, e nenhum outro lugar do mundo tem esta proibição, não vejo o porque, pois o Brasil será auto suficiente, vamos aguardar, abs a todos.
Desde 1987, carros de passeio movidos a diesel são proibidos no Brasil, e isso se deve muito mais a questões político-econômicas da época , do que à poluição causada por esses motores. 1987 foi o ano em que a Elko lançou no Brasil seu motor semi-adiabático, baseado em ciclo diesel, capaz de rodar com qualquer líquido inflamável. E possuindo autonomia de até 40 km/l usando óleo de soja comum, poluindo muito menos!! porque não sofre perdas de calor, queimando totalmente o combustível. Graças a falcatruas das grandes montadoras – Ford, GM – que seriam seriamente prejudicadas com o lançamento no mercado desse motor, os motores diesel foram proibidos, e as justificativas da proibição são as mais absurdas (poluição, preço do combustível, importação de diesel…). Mais informações e matéria completa sobre o motor numa 4 Rodas de 1987.
http://www.4x4brasil.com.br/forum/showthread.php?t=26865
Que ótima idéia! Partindo-se do princípio que o diesel deverá a curtíssimo prazo ser substituído pelo biodiesel, aguardamos notícias para breve sobre os subsídios do governo brasileiro para incentivar a produção do BD e do envolvimento da agricultura familiar com liberdade de negociação entre produtores e compradores, sem a intervenção do governo e sem a participação de monopólios, não é mesmo? Estamos de olho para ver no que vai dar.